sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Festa de Natal do CSSMS





Realizou-se na tarde de 21 de Dezembro, a festa de Natal do Centro Social de São Martinho de Soalhães. Esta festa contou com a presença dos utentes do Centro de Dia e CAD, crianças do ATL e CAFAP, e respectivos familiares. 
Tivemos também o prazer de receber elementos do Projecto Pauta Musical, um centro de música moderna em canto e guitarra, com excelentes dotes de "entertainer" e que em muito contribuiu para "animar" todos os presentes ao longo da tarde... as músicas tradicionais portuguesas, o fado, as músicas infantis e natalícias, fizeram as delícias dos adultos e da pequenada!
Após os magníficos momentos musicais, o Pai Natal surpreendeu idosos e crianças com as tradicionais prendinhas, seguindo-se um lanche de convívio entre os convidados.
No final, a alegria que os presentes nos transmitiram por lhes ter sido proporcionada uma tarde diferente do habitual, em que o convívio e partilha foram notas dominantes, foram para nós motivo de satisfação por sentir que demos um pequeno contributo para a felicidade de quem mais precisa.

Pais à Obra



No dia 20 de Dezembro de 2012, demos inicio a uma nova sessão “Pais à Obra”, onde estiveram presentes 5 progenitores. Desta vez, decidimos fazer fantoches com materiais reciclados, nomeadamente, meias, restos de lã e feltro, linhas, botões… As crianças adoram histórias e brincar ao "faz de conta", por isso achamos que daria um bom presente!

Para a criança o fantoche é uma personagem que parece realmente existir, o que ouve é extremamente envolvente e mágico. Ela entra no jogo da imaginação, acredita que o fantoche tem vida própria, sendo capaz até de manter um diálogo com o boneco por muito tempo, sem perceber ou dar importância para quem o manipula, ou seja, fica completamente absorvida pelo boneco, que na sua imaginação tem vida, é um ser. 

Consideramos que o fantoche tem um alto valor pedagógico, criativo e terapêutico, pois, a criança tanto pode assistir à história, como pode manipulá-lo e dar vida àquilo que toca. A oralidade tem uma importância fundamental pois garante a expressão de valores, sentimentos, emoções e criatividade de quem o manipula.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Brincar e Aprender!




Hoje fizemos árvores de Natal no CAFAP. Foi quase uma missão impossível, com estes pestinhas sempre a quererem fazer tudo sozinhos... mas, enfim, o Natal é das crianças e se não fossem elas, que piada tinha fazer a árvore de Natal??!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A mentira! Histórias que ajudam...

Na sala de aula, todos os meninos se ajeitavam nas cadeiras e pegavam no lápis. A borracha, essa, fi cava ali bem perto, pois certamente seria muito útil. A professora iria distribuir-lhes uma ficha de avaliação de língua portuguesa. Maria apertava o lápis com a mão transpirada, olhava em redor e sentia uma ansiedade crescente à medida que a professora se aproximava da sua mesa, distribuindo as folhas de papel para serem preenchidas. Na sua cabecita, voavam pensamentos desordenados. Devia ter estudado… E agora? Não me lembro de nada. Vou ter má nota e todos se vão zangar comigo… As lágrimas espreitavam pelos olhos de Maria, como se se debruçassem de uma janela, curiosas por conhecerem a paisagem que dali se via.

– Boa sorte, meninos – desejou a professora, sempre sorridente e esperançosa no desempenho dos seus alunos - Têm 45 minutos para fazerem esta ficha. Todos os livros e cadernos dentro das mochilas. Em cima da mesa apenas a folha, o lápis e a borracha.
Graus dos adjetivos. Ai… Comparativo, superlativo! Antónimos e sinónimos. Formas verbais… pensava a menina, enquanto olhava a folha, em pânico. O nervosismo não lhe permitia sequer pensar e fazer o teste. Ocorreram-lhe algumas possíveis soluções para sair daquele problema: 1) falar com a professora e explicar-lhe que não tinha estudado, suplicando que a deixasse fazer a prova noutro dia; 2) fingir que se estava a sentir mal, para que a deixassem ir para casa e fazer o teste noutro dia; 3) copiar do teste do Afonso, que se sentava ali ao lado e que era o melhor aluno da turma. Esta terceira hipótese pareceu-lhe a melhor, pois não gostaria de confessar não ter estudado e também sabia não ter lá muito jeito para teatro. Para além disso, o Afonso era amigo de todos e quase sempre deixava que copiassem dele os trabalhos-de-casa. Certamente não iria agora negar-lhe essa ajuda.

Foi então que Maria começou a chegar a sua cadeira um bocadinho mais para o lado. Sempre que a professora ficava de costas para ela, chegava-se um bocadinho mais. E mais um pouco… Depois, esticava a cabeça como uma tartaruga que espreita pela carapaça. De olhos esbugalhados, tentava decifrar a letra pequenina de Afonso que, percebendo que a colega precisava de copiar, também chegara a cadeira para perto dela. Esticou-se e conseguiu ler que o antónimo de ‘comprar’ era ‘vender’ e que o antónimo de ‘verdade’ era ‘mentira’. Quando tentava ler o grau do adjetivo ‘lindíssima’, sentiu que alguém lhe tocava no ombro. Virando-se viu a professora ao seu lado. Maria estremeceu e, ao olhar os olhos da professora, conseguiu ler todas as palavras que formavam o seu pensamento. E nem foi preciso esticar-se como uma tartaruga. Leu desapontamento, desilusão, deceção. Teria sido menos doloroso se tivesse lido zanga ou irritação.

– Maria, entrega-me a tua ficha. No intervalo ficas aqui na sala para conversarmos – afirmou a professora, com voz firme, mas triste.
Com maior ou menor sucesso, as restantes crianças terminaram as suas provas e foram para o intervalo. De lá de fora chegavam gargalhadas, risos, raios de sol, vozes infantis cantando. Dentro da sala ouvia-se o pesado som do silêncio que antecede as palavras que não se querem escutar.
– Não compreendo, Maria. És uma boa aluna, responsável. O que se passou? – Perguntou a professora, serenamente.
– Não estudei. Fiquei no computador e quando olhei o relógio já era tarde e estava cansada… – respondeu Maria, cabisbaixa.
– E achaste que resolvias o problema copiando por um colega? Não te parece que o mais correto seria enfrentares as consequências de não teres estudado? Certamente na próxima vez irias preocupar-te em estudar em vez de ficares no computador, não é, Maria? Copiar e enganar nunca são soluções válidas. É preferível uma má nota.
– Não voltará a repetir-se, professora. Desculpe – afirmou a menina, honestamente.
Ao chegar a casa, Maria tentou esconder a tristeza. Forçou um sorriso, aclarou a voz e dirigiu-se à mãe para lhe dar um beijo.
– Olá filha. Como correu a ficha de português? – perguntou a mãe, esperando a habitual resposta que, de facto, surgiu.
– Muito bem, como sempre! De certeza que vou ter boa nota! Vou brincar para o meu quarto! - exclamou Maria que, ao afastar-se da mãe, deixou que novamente a tristeza viesse pintar o seu rosto. Na realidade, o desalento e a vergonha ocupavam todo o seu corpo: os olhos apagados, a boca contraída, os braços esmorecidos, os ombros arqueados, o coração destroçado.
Trrimmm. Trrimmm. A mãe atendeu o telefone e ouviu a professora da Maria contar-lhe o sucedido naquele dia. Terminada a conversa, a mãe respirou fundo e dirigiu-se ao quarto da filha. Sentou-se junto dela, segurou-lhe a mão e disse-lhe calmamente:
– Filha, já sei o que se passou hoje na escola. Compreendo que te tenhas sentido insegura perante uma ficha para a qual não te tinhas preparado. Erraste porém ao tentares copiar do colega. Mas acima de tudo, não agiste corretamente ao dizeres-me que tinha corrido bem. Mentir não apaga os problemas. Torna-os maiores, como bolas de neve que crescem à medida que rebolam colina abaixo. Maria olhava o chão, envergonhada demais para enfrentar os olhos da mãe que, embora doces, a lembravam da mentira que dissera.
– Se tivesse má nota ficavas triste comigo… – justificou-se Maria, sentindo as lágrimas salgadas tocarem os seus lábios.
– Meu amor, é normal umas vezes haver boas notas e outras vezes não. Nunca ficaria desiludida contigo por isso. Só quero que percebas que quando mentimos enganamos os outros que afinal estão ali para nos ajudarem, como é o caso da tua professora e de mim. E por me teres dito que o teste tinha corrido bem, ele não se transformou num teste cheio de respostas certas, pois não? – explicou a mãe, colocando o braço por cima dos ombros da menina.
– Desculpa, sei que fiz mal – disse Maria, genuinamente, sentindo que mentir pode resolver os problemas naquele instante, mas agiganta-os em todos os outros que se seguem.
– Que bom que reconheceste o teu erro. A professora vai amanhã entregar-me a tua ficha e, juntas, vamos fazê-la, revendo toda a matéria, sim?
Maria abraçou a mãe, sentindo que o sucedido as tinha aproximado ainda mais. E não esqueceria jamais que o antónimo de ‘mentira’ é ‘verdade’. A verdade que nos deixa livres da culpa que pesa e magoa.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Mercado Especial de Natal


 
Caros seguidores, o “Mercado Especial de Natal”, organizado pelo CAFAP, foi bem conseguido!
 
Esta ação excedeu as nossas expectativas, ao fim da manhã já pouco havia... 
 
Verificamos um grande espírito de solidariedade e, por isso, a todos aqueles que colaboraram connosco um MUITO OBRIGADO!