quarta-feira, 30 de setembro de 2015

16 Dicas para despertar o gosto pela leitura


1. Use os interesses e hobbies dos seus filhos como pontos de partida.
2. Deixe todo o tipo de materiais de leitura, incluindo livros, revistas e catálogos coloridos em locais bem visíveis da sua casa.
3. Observe o que atrai a atenção dos seus filhos, mesmo que eles só olhem para as imagens. Leia um pouco em voz alta ou simplesmente leve para casa mais informações sobre o mesmo assunto.
4. Deixe que os seus filhos vejam que lê por prazer no seu tempo livre.
5. Leve os seus filhos para a biblioteca regularmente. Explorem a seção infantil juntos.
6. Apresente a leitura como uma atividade com um objetivo: uma forma de reunir informações sobre super heróis, bonecas, filmes de animação ou planear uma viagem em família.
7. Incentive os seus filhos mais velhos a ler para os mais novos. Com certeza que gostarão de mostrar as suas habilidades.
8. Façam jogos relacionados com a leitura, por exemplo, jogos de tabuleiro que exijam que os jogadores leiam espaços, cartões e instruções.
9. Guarde algum tempo para a leitura em família, antes de apagar as luzes ou logo após o jantar, por exemplo.
10. Incentive o seu filho a ler em voz alta uma passagem emocionante de um livro, um facto interessante no jornal ou uma anedota no livro.
11. Em ocasiões de troca de presentes, ofereça livros e revistas com base nos interesses atuais do seu filho.
12. Reserve um local para os seus filhos guardarem os seus próprios livros.
13. Lembre o seu filho que não tem de terminar um livro numa sessão de leitura; pode parar depois de algumas páginas, ou um capítulo, e retomar onde parou anteriormente.
14. Estenda as experiências positivas de leitura do seu filho. Por exemplo, se leu um livro sobre dinossauros que gostou, acompanhe-o numa visita a um museu de história natural.
15. Limite o tempo de ver TV para que haja tempo para outras atividades, como a leitura. Mas nunca use a TV como uma recompensa para a leitura ou uma punição por não ler.
16. Nem todas as leituras surgem num livro. E os menus, os sinais de trânsito ou os rótulos dos alimentos? Tire vantagem de inúmeras oportunidades para a leitura ao longo do dia agitado da sua família.


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Chegou o Outono!


O Outono chegou esta quarta-feira às 9h20. A hora marcava o segundo momento do ano em que o sol cruza o equador celeste - o equinócio de Outono do hemisfério norte (equinócio de Primavera no hemisfério sul). Mas o dia e a noite só terão mesmo 12 horas no dia 26 de setembro.
Há muitas atividades para fazer com as crianças nesta altura e aproveitar as cores e as mudanças da natureza.
Deixamos algumas dicas http://spaceshipsandlaserbeams.com/blog/2014/11/party-crafts-and-diy/10-fall-crafts-for-kids. Dediquem-se!

Setembro é o novo janeiro: 25 resoluções para começar o novo ano escolar com o pé direito

1. Caderno da gratidão
Dizem que a beleza está nos olhos de quem olha e por isso a criação do caderno da gratidão vai ajudar-nos a darmos valor ao que realmente interessa. Como funciona? Um caderno, definir 3 dias na semana para se escrever (apenas) as 3 coisas que nos fizeram felizes. Definir se o caderno é da família ou se é um por cada criança. E não adiar mais! 

2. Deitar mais cedo
Defina bem as horas a que as crianças vão para a cama. Se é verdade que durante as férias há famílias que permitem que os miúdos se deitem mais tarde, a disciplina desta rotina é determinante para que as crianças se sintam menos irritadas e mais capazes de gerirem o cansaço, cooperando connosco.

3. Acordar cedo
Tal como o ponto 2, este ponto é fundamental para conseguirmos sair de casa sem birras, a horas e sem gritos (nossos!). É bom acordar os miúdos devagar, dar beijinhos e tirá-los devagar da cama. 

4. Jantar em família
Sem TV. Sem tablets. Sem telemóveis. Vai haver amuos? É possível - mas ao manter a hora do jantar como o momento mais importante em família está a assegurar que criam um momento de partilha e de diálogo tão importante para o futuro ... quando forem adolescentes. E para o ter nessa altura, tem de começar já.

5. Digital de lado
Ainda em linha com o ponto nr.4 assim que chegar a casa, pouse o telemóvel, esconda os tablets e passe tempo com os seus filhos. Se Setembro é o novo Janeiro, vamos começar este ano com o pé direito,alinha? Envolva os seus filhos nas tarefas, peça ao de 2 anos para mexer os ovos e ao de 5 anos para espremer as laranjas ou tirar a pele às cenouras. Ao de 12 anos pode pedir para comparar os preços dos legumes ou para fazer a lista de compras. Ensine-os a pôr a mesa bonita - vejam revistas de decoração juntos, coloquem o nome dos convidados na mesa. Envolver, envolver, envolver! Já se esqueceu do digital, não já?

6. Partilhar arte
A música é uma arte e há música muito boa. Há música tão boa. Comece pelos clássicos: Beatles, Sérgio Godinho, Caetano Veloso. Escutem uma opera, ligue um canal de música clássica. Gostava que os filhos se lembrassem de si por ser aquela pessoa que os fez apreciar um estilo? Já começou a partilhar essas coisas todas?

7. Fazer com
Quando estiver a ler este artigo, tem o Outono à porta e com ele uma série de rituais bons, o regresso a casa por causa dos dias mais pequenos e do frio. Então faça uma lista do que podem fazer em conjunto. Para além das tradicionais bolachas e compotas, inclua fazerem já os postais de Natal, o calendário do advento e até os convites para o aniversário.

8. Sossegar os medos
Este é o primeiro ano que o seu filho vai para a escola? Vai mudar de escola? Sossegue os seus medos (os seus - e os dele também). A escola é dos melhores sítios. Tantas aprendizagens, tantas experiências. Tanto tempo que lá vai passar - é fundamental que ele (e os pais) vejam a escola como um sítio positivo. Procure 10 motivos bons e escreva-os.

9. Faz parte
O filho não quer ir para a escola? Gostava de ficar consigo em casa? Pois era, e isso era bom e não é possível - faz parte da vida e, por isso mesmo, tem muita força. Então valide o que ele sente, dê-lhe um miminho e diga-lhe que amanhã vai para a escola e que até vão sair mais cedo de casa para irem a pé e de mão dada uma parte do caminho. E que durante o percurso lhe vai contar como era consigo, quando tinha a idade dele. A sua certeza e a sua segurança serão a certeza e a segurança dele.

10. Gerir a sua culpa
Nem sempre conseguimos ir levá-los, buscá-los, ajudá-los no estudo ou passarmos os 3 meses de férias com eles. Faz parte e não tem de se sentir culpada por isso. Se nada pode mudar ou fazer em relação a isso, então a gestão está feita. Se não há remédio, remediado está. E se isso é algo que a atormenta, então veja o que está ao seu alcance mudar.

11. Ir mais cedo
Sempre que puder, saia mais cedo de casa e vá buscá-los mais cedo, na primeira semana, sobretudo se é uma nova adaptação. Faz bem a pais e filhos.

12. Rotina = segurança
Quanto mais cedo houver uma rotina certinha, mais segurança a criança sente. Ela sabe que à segunda e à quarta tem natação e que nos outros dias fica na avó. Saber com o que se conta é fundamental.

13. Nunca vire as costas
Vai deixar o filho à escola e nos primeiros dias ele não quer ficar? Sossegue-o, valide o que ele sente e deixe-o ficar entregue às educadoras/professoras. Elas saberão tomar conta dele com o maior carinho e atenção. Nunca lhe diga (nem permita que o façam) que vai estacionar o carro e volta já se isso não for verdade. Nesse momento vai estar a quebrar a confiança do seu filho.

14. Não quero saber do teu dia
Em vez de lhe perguntar como foi o dia dele, conte-lhe como foi o seu. Cheio de detalhes. E depois aguarde: ele vai partilhar o dele quase por magia. Vai uma aposta?

15. Reuniões
Sempre que houver reuniões, vá. É fundamental. Os professores são aqueles que passam mais tempo com os nossos filhos - é bom fomentar a relação e conhecer essas pessoas que tanto investem neles.

16. Conhecer a escola
Leve o seu filho a conhecer a escola antes de começar o ano escolar. E se possível conheçam também as educadores, auxiliares e cruzem-se com as crianças da sala. Porquê? Para ele ir criando a sua ideia da escola e quando chegar o primeiro dia não ser tudo uma surpresa.

17. Deixar escolher
Deixe-o escolher a roupa do primeiro dia, a mochila, a garrafa para levar a água. Ao sentir que foi ele que escolheu, ele vai chamar a si o ‘viver escola’. E isso é meio caminho andado para tudo correr melhor.

18. Dê-lhe poder
Os miúdos não têm poder nenhum - e isso está mal! Crie uma tabela das tarefas com aquilo que eles têm de fazer todos os dias. Dica: dê-lhes a ideia e a ajuda. Mas quem faz são eles. Porquê? Porque é quando sentem que aquilo é deles que se apropriam da situação.

19. Escolha os amigos
Se é verdade que não pode escolher os amigos da escola, enquanto são pequenos, pode (e deve) escolher os amigos com quem o seu filho se relaciona em sua casa. Porquê? Simplesmente porque as boas experiências em termos de amizades não só contribuem para que os valores mais importantes sejam passados como a criança percebe como gosta de ser tratada e irá à procura de amigos semelhantes.

20. Relaxamento em casa
Uma vez por semana, depois do duche, e antes de dormir, ensine o seu filho a respirar fundo, a sentir como a barriga sobe e desce à medida que ele inspira-expira. Basta isto. Com sossego, sem pressas. Já sabe o que se diz sobre relaxamento, não é preciso acrescentar mais nada.

21. Mesada
Leu bem. Mesada. A mesada pode ser uma excelente forma de fomentar a responsabilidade no seu filho. Imagine que ele quer comprar um jogo ou quer muito uma determinada mochila. A mãe não gosta do boneco, acha-o feio mas se ele recebe mesada (o valor são os pais que definem - conheço pais que dão 3 euros por mês e outros, para a mesma idade, dão 20 euros) então pode aprender a poupar para comprar essa mochila que tanto deseja. Que bela oportunidade para aprender a gerir o impulso (porque até ter a mochila, vai querer o estojo, um gelado e um pacote de bolachas) e aprender a esperar. Acha mesmo que a mesada é assim uma tão má ideia?

22. Estudar
O ideal é que tivessemos todos os melhores horários - e isso significaria que os miúdos teriam feito uma actividade, chegariam a tempo de fazer os TPCs e também teríamos tempo para preparar o jantar. O melhor momento para os TPCs serem feitos é antes do jantar. Vejam como podem orientar a vossa dinâmica familiar nesse sentido. Está nas vossas mãos.

23. Estudar fora de casa
A melhor forma dos miúdos aprenderem a matéria é vê-la acontecer no dia-a-dia. É para isso que ela serve, certo? E para fomentar o estudo e a motivação, olhe para os livros dos seus filhos, aprenda com eles. Peça para eles se tornarem professores. Estão a dar história de Portugal? Veja se na sua zona não há visitas guiadas e vão fazer um programa desses. Estão a dar meio físico? Leve-os até ao campo para verem a natureza. Estão a dar os advérbios? Escrevam um postal aos avós. Dê-lhes dinheiro e peça para fazerem as contas aos postais que vão comprar, ao selo e quanto têm de levar e quanto vão receber de troco. 

24. Ordem e arrumação
Quanto mais em ordem estiver a casa, as secretárias, mais fácil é o estudo, mais sossegados andamos e mais concentrados estamos. Não temos de nos tornar maníacos das arrumações nem de passar o dia a arrumar - que perda de tempo! Por isso a minha sugestão é: tenha menos. Menos coisas são menos coisas para arrumar também. E isso torna o arrumar menos aborrecido. Nessa altura conte com uma cooperação mais certa, por parte dos seus filhos. Por outro lado, já reparou que passamos imenso tempo a dizer aos nossos filhos o que têm de fazer? A tabela das tarefas que falei acima ajuda. E sempre que chegarem a casa, crie o hábito de fazer com que eles coloquem as coisas no sítio devido. Com a sua insistência e consistência vai criar-lhes um hábito.

25. Pergunte mais, mande menos
Que não haja dúvidas: quem manda em casa somos nós mas, e à semelhança do que está na base da tabela das tarefas, mande menos, pergunte e afirme mais. Em vez de dizer ‘A tua camisola, que vamos sair!’ diga: ‘Vamos sair agora e vejo que não estás pronto. O que te falta?’

‘Deixaste o calçado à porta, João!’ (ele já sabe o resto!)

‘Onde vamos agora?’


E assim descansa do papel do chato que está sempre a mandar. 
Escrito por Magda Gomes Dias para a Revista Pais & Filhos - Edição de Setembro