sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O Carnaval está a chegar!!

O Carnaval está a chegar. Este ano dê asas à criatividade. Há disfarces caseiros - do mais giro - sem grandes complicações, que com tempo, podem fazer em casa com a ajuda das crianças, para ocupar uma destas tardes cinzentas. 
Deixamos em baixo algumas ideias bem originais. Grande parte são peças de roupa normais, que as crianças usam no dia a dia. No caso das raparigas, camisolas às riscas, pretas ou brancas e uma saia tutu, com um ou outro acessório específico, dão para criar uma série de disfarces!!

Ou seja, para além de serem disfarces bem giros também são uma máscara muito mais barata! Um 2 em 1 perfeito para os tempos que correm! 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A experiência de ser pai ou mãe!

Ser mãe ou pai é uma dádiva...
da vida para com o adulto;
do adulto para consigo próprio;
do adulto para com outro(s) adulto(s);
do adulto para com a criança que nasce e que vai crescer;
do adulto para com outras crianças;
do adulto para com a sociedade.
A dádiva implica saber dar e saber receber...
Tarefas que têm tanto de gostoso como de difícil!
Em ambos os casos temos que descentrar-nos de nós próprios,
seja para saber o que pode agradar ou ser útil ao Outro, seja para
aceitar e usufruir daquilo que ele nos dá.
Ser mãe ou pai é uma descoberta permanente...
Porque a parentalidade não é instintiva;
Porque nunca se é mãe ou pai da mesma forma com os
diferentes filhos nem com o mesmo filho durante todo o seu
processo de crescimento;
Porque os interesses, as necessidades, os projetos de uma mãe e
de um pai vão se transformando consoante as experiências, os
desafios e as interações que cada um e os dois vão tendo.
Ser mãe ou pai é um projeto...
Que nunca se constrói sem Outros, adulto(s) e criança(s);
Que pode ser mais fácil ou mais difícil mas que levanta muitas
     questões que pode ser útil partilhar;
Que pode ser mais ou menos refletido mas de que é útil guardar
memória, seja para relembrar boas etapas, seja para evitar más
experiências.

A experiência de ser pai ou mãe é única a cada indivíduo, às circunstâncias que 
enquadram a preparação e a emergência da parentalidade e a cada criança.

Madalena Alarcão
Coimbra, 17 de agosto de 2014

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

10 motivos pelos quais a palmada não funciona!


Dói-me mais a mim do que a ele”, este é um dos muitos mitos acerca da palmada. Vale a pena pensar no poder de uma palmada e no que fica depois da dor passar. Não numa década mas acredita-se que vamos evoluir para a fase em que a palmada deixará de ser um tópico porque as pessoas também evoluíram e não a vêem como opção.

1. A palmada só tem uma coisa positiva

Qual é ela? Funciona no imediato!
As más notícias quais são? É que funciona a curto prazo, ou seja, funciona naquela situação específica e funciona durante pouco tempo. Porquê? Porque vamos percebendo que não é por bater que o nosso filho não vai fazer aquilo que nós não queremos que ele faça. O bater pouco garante. Ele faz, nós batemos e, naquele momento ele pára. Mas continua dali a uma hora, dali a uma semana ou mês. A má notícia é, portanto, que a palmada não evita o comportamento.

2. Os estudos

Existem muitos estudos que nos provam uma série de coisas acerca da palmada. Um diz-nos que a zona do medo é maior em crianças cujos pais batem (acerca da palmada terapêutica ou sacode o pó, podes ler mais abaixo). Outros estudos dizem que pais que não apanharam quando eram miúdos não têm como opção a palmada porque sentem que isso os desrespeita e desrespeita os filhos. É bom de notar que em lares onde não se usou esta opção, os filhos não a usam mais tarde. Finalmente, comportamento gera comportamento. Qual é que escolhes?


3. Bato em ti porque bateste no teu irmão

Não deixa de ser uma frase irónica e hipócrita. Esta frase ensina que, porque eu sou maior que tu então ‘toma lá que é para aprenderes.’ Ensina então que é a lei do mais forte sobre o mais fraco que é a melhor. Não ensina nada em relação a firmeza e a assertividade - elementos chaves para a construção de uma personalidade segura e que todos os pais desejam que os filhos tenham.


4. Bato em ti porque me pões doida

Devia ser obrigatório todos fazermos alguma formação de desenvolvimento pessoal ou lermos sobre o assunto porque - e embora isto possa parecer estranho - a verdade é que cada um de nós é que escolhe o seu comportamento. O que é que eu quero dizer com isto? Não é a criança que me põe doida. Eu é que não aprendi ainda a gerir as minhas emoções, ainda não aprendi a lidar com as minhas frustrações e, então, rebento e bato. Porque, supostamente, tu me puseste assim… Vale a pena pensar nisto, não vale? Serás tu ou serei eu?


5. Dói-me mais a mim do que a ti

Muitos de nós acreditamos que não é possível educar sem fazer a criança sofrer. E, embora não o queiramos fazer, acreditamos que há alturas em que isso é absolutamente necessário. Quais são essas alturas?


i) A criança precisa de saber que não é ela que manda.

ii) A criança precisa de saber obedecer. 
iii) A criança precisa de saber que não pode ter tudo o que quer.
Será? Ou será assim:
i)A criança precisa de saber que tem um adulto que sabe o que está a fazer e que é emocionalmente madura.
ii)A criança precisa de saber que é escutada, que é importante escutar. Nós, adultos, devemos oferecer-lhe as oportunidades para que ela possa cooperar.
iii)A criança precisa de saber que os limites são construtores e servem para assegurar a sua segurança física e emocional. Nós, adultos, precisamos de nos lembrar que o mimo não estraga. O que estraga é a falta de limites.


6. Quanto mais me bates mais eu…

"revolto-me, afasto-me de ti, procuro pessoas e influências na justa oposição de quem tu és". É assim com todos, sobretudo com as crianças.

me aninho, me fecho e tenho medo - deixo de pensar por mim, deixo de sentir valor e de me sentir capaz. Torno-me um trapo, submisso, sem vontade e sem capacidade de me encontrar.”


7. Desenvolvimento cerebral
Pois é, lá tinham de vir estes estudos - e repara que deixei isto quase para o fim porque qualquer um dos pontos acima são já bastante óbvios. E sim, é verdade que crianças que apanham têm a área do cérebro referente ao medo e aos alarmes maior. Valerá a pena fazer com que os nossos filhos estejam constantemente em estado de alerta, com tudo o que isso acarreta (libertação de mais cortisol, batimentos cardíacos mais elevados, estado de stress constante?).


8. Mas uma palmadinha na hora certa
Se vem mal ao mundo? Pois eu acho que essa não é a questão (mas para isso tens de ler o ponto que se segue). Então se esta palmadinha pequenina, de enxotar o pó é isso mesmo, uma palmadinha que é só para ele ver quem manda, sem intenção de magoar… para que bates? Porque não, em alternativa, agarrar na criança com firmeza (leste firmeza, não é força!) ou tocar nela para a ‘acordar’. Sim, porque na verdade parece que essas palmadas são só uma lembrança para isso mesmo. Acorda. 


9. Mas uma palmadinha na hora certa - versão 2


A questão é: como é que eu me quero ver enquanto pai? Quero ver-me como uma pessoa que soube lidar com as situações próprias do crescimento de uma criança ou como aquela cuja criança era um embaraço? Quero ser fonte de inspiração? Ou quero criar uma relação sem grande significado? Se dá mais trabalho passar a usar a Parentalidade Positiva? Mas, as boas e maravilhosas notícias são que a mudança se faz, que fica e que, melhor do que tudo, o que vamos colher é extraordinário!


10. Eu até mereci a palmada que recebi!


Quem, no seu perfeito juízo, acha que merece que lhe batam? Ninguém merece ser agredido, sobretudo por aqueles que, supostamente, deveriam proteger, ensinar e direcionar os comportamentos. 

O ideal é sermos corrigidos, ensinados por pais que se sabem gerir. Mas, na falta disso, aceitar ser-se agredido, não pode vir de alguém no seu perfeito juízo.!


Valerá a pena continuar a dar palmadas?