segunda-feira, 27 de julho de 2015



O “Movimento  pela reutilização dos livros escolares” é um movimento de cidadãos que promove a criação e divulgação de bancos de recolha e partilha gratuita de livros escolares em todo o País.
O objetivo único deste movimento é tornar a reutilização de livros escolares uma prática Universal em Portugal.
O CAFAP – Oficina d’afectos, do Centro Social S.Martinho de Soalhães, tal como nos últimos anos, associou-se a este movimento e pretende ampliar a troca de manuais na freguesia de Soalhães, em parceria com os outros Bancos de Livros do concelho que também são membros do movimento REUTILIZAR.


Reutilizar é ainda melhor que Reciclar!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

"Afasta monstros" - medos na infância



Há crianças com medo dos monstros que se escondem no escuro das sombras dos quartos. A ideia é de uns pais que estavam preocupados com os medos dos filhos. Uma forma simples e barata que os ajudou e que pode ajudar muitos outros pais.
Um passo-a-passo muito simples, e não custa mais de 1,50€. Copiem o rótulo acima apresentado, "Afasta Monstros", imprimam numa folha autocolante A4, e colem num frasco borrifador pequeno. Podem encher com água ou com um perfume suave, que não seja conhecido da criança para não levantar suspeitas.


À noite, com os vossos filhos façam o teste, deixem que eles borrifem o quarto com o spray mágico, para que a magia aconteça e os monstros não apareçam. Com estes pais resultou, experimentem também.

No entanto, temos de compreender que o medo faz parte do processo de desenvolvimento – os medos são esperados e têm um efeito normativo e estruturante. Medos relacionados com a morte e o perigo são os mais frequentes ao longo do processo de desenvolvimento e continuam até à vida adulta, como facilmente percebemos. Os medos têm tendência a diminuir à medida que as crianças crescem, ainda que para alguns autores o período da adolescência seja ainda muito significativo nesta questão, porque aparentemente eles diminuem mas, eventualmente as crianças vão crescendo e são capazes de esconder as suas emoções.

Para os pais este é um período de preocupação, pois sentem que não reúnem as estratégias necessárias para ajudar os filhos a lidarem com os medos. Eventualmente, alguns pais até se recordam que quando eram miúdos também passaram por situações semelhantes mas, na altura não tiveram por parte dos pais respostas adequadas e que os ajudasse a ultrapassar esta fase. Por isso, ficam algumas dicas para que melhor apoie o seu filho:
- Ajude o seu filho a enfrentar os medos, esteja com ele, não o deixe sozinho neste combate ao medo;
- Transmita-lhe confiança, carinho e segurança e reforce-lhe a ideia de que estará sempre por perto quando ele precisar;
- Escute os seus receios, a sua opinião e as suas emoções e depois tranquilize-o, dizendo-lhe que está com ele e que o vai ajudar;
- Juntamente com ele faça aproximações ao medo (pequenas aproximações do que gera medo) e elogie todos os passos que conseguir realizar;
- Não faça juízos de valor nem comparações com os irmãos, primos ou amigos sobre este assunto, respeite a intimidade do seu filho, este é um assunto que só diz respeito aos pais e à criança.


Contudo, esta “técnica” para algumas crianças, pode de facto ser uma grande ajuda e transmitir a tão desejada segurança para enfrentar as criaturas imaginárias, mas para outras pode não se revelar tão eficiente, pois, pode significar que existe a possibilidade real de estar frente-a-frente com os monstros e esta ideia é ainda mais assustadora. Por outro lado, a inspeção ao guarda-fatos ou debaixo da cama pode levar a criança a pensar que se os adultos estão à procura é porque os monstros existem mesmo. Ou seja, cada caso é um caso e o melhor é escolher a estratégia de ataque com bom senso, porque o que resulta para uma criança pode agravar ainda mais a ansiedade de outra.
Se considerar que já fizeram muitas tentativas e mesmo assim o medo persiste pode procurar apoio de um especialista, por exemplo o pediatra ou um psicólogo.  

quarta-feira, 15 de julho de 2015

De filho único a irmão mais velho...dicas e boas medidas


O nascimento de um irmão ou a vinda de um bebé e a perda do posto de filho único é um acontecimento difícil para algumas crianças, as quais sentem aquilo a que chamamos – Ciúmes.
Frequentemente falamos de filhos únicos, que são também netos únicos e sobrinhos únicos. Desde que a vida começou para eles que sempre foi assim, o mais pequeno, o único, sem ter de dividir atenções porque à volta só estão adultos. A vida pode ser dura…

O ciúme surge e é normal, especialmente associado ao nascimento do irmão mais novo ou da irmã. Surge como mais problemático e difícil de gerir, geralmente entre os 3 e os 6 anos. Geralmente é associado a pensamentos difíceis de compreender pela própria criança, de expressar ou controlar: “Os meus pais já não vão ter mais tempo para mim”; “Ele é bebé e por isso é mais engraçado”; “Os meus pais vão gostar mais dele do que de mim”; “vou dar-me menos mimos porque têm de dar ao meu irmão…”. Enfim, angústias de antecipação do que será a vida de filho partilhada com um irmão, que fazem parte do desenvolvimento e desta mudança de vida e que, por vezes, levam a consequências diversas: comportamentos negativos para chamar a atenção e comportamentos regressivos, típicos de idades mais precoces (os chichis na cama, voltar a pedir chucha, quere andar ao colo, dormir com os pais…etc.).

O ciúme cumpre uma função, é normal, não podemos eliminá-lo, mas é possível ajudar os mais novos a conseguirem controlá-lo, a compreenderem-no, a fazer com que se manifeste em menos ocasiões e a conseguir enfrentá-lo quando se sentem “atacados” por ele.


Os pais podem ajudar o filho mais velho a lidar com o ciúme do irmão mais novo mesmo que ainda esteja dentro da barriga da mãe ou ainda não viva com a família (no caso de um adoção). É essencial uma boa dose de compreensão e paciência, dando tempo para que se consiga habituar à nova realidade

Ofertas de Emprego

Consulte as ofertas de emprego desta semana.

Nº/ID Oferta
Profissão (M/F)
Concelho(s) - Freguesia(s)
Habilitações
Carpinteiro de Limpos e de Tosco
MARCO DE CANAVESES - MARCO
4º Ano
Outros Carpinteiros e Similares
MARCO DE CANAVESES
4º Ano
Canalizador
MARCO DE CANAVESES
4º Ano
Mecânico e Reparador de Veículos Automóveis
MARCO DE CANAVESES - MARCO
4º Ano
Outros Trabalhadores Relacionados com Vendas, Ne
MARCO DE CANAVESES - VILA BOA DE QUIRES E MAURELES
4º Ano
Trabalhador de Costura e Similares
MARCO DE CANAVESES
4º Ano


Nº/ID Oferta
Profissão (M/F)
Concelho(s) - Freguesia(s)
Habilitações
Canalizador
AMARANTE - VILA CHÃ DO MARÃO
4º Ano
Sapateiro
AMARANTE
4º Ano
Ajudante de Cozinha
AMARANTE - GONDAR
4º Ano
Empregado de Mesa
AMARANTE - GONDAR
4º Ano
Contabilista, Auditor, Revisor Oficial de Contas e Similares
AMARANTE - TRAVANCA
Licenciatura
Carpinteiro de Limpos e de Tosco
AMARANTE
4º Ano
Preparador e Acabador de Peles
AMARANTE - TELÕES
4º Ano
Empregado de Mesa
AMARANTE - U.F. DE AMARANTE
4º Ano
Pintor À Pistola de Superfícies
AMARANTE
4º Ano
Mecânico e Reparador de Veículos Automóveis
AMARANTE - U.F. DE AMARANTE
4º Ano
Ajudante de Cozinha
AMARANTE
4º Ano
Empregado dos Centros de Chamadas
AMARANTE
9º Ano
Operador de Gruas, Guindastes e Similares
AMARANTE - U.F. DE ABOADELA, SANCHE E VÁRZEA
4º Ano


Nº/ID Oferta
Profissão (M/F)
Concelho(s) - Freguesia(s)
Habilitações
Preparador de Refeições Rápidas
BAIÃO - U.F. DE CAMPELO E OVIL
4º Ano
Ajudante de Cozinha
BAIÃO - U.F. DE CAMPELO E OVIL
4º Ano

terça-feira, 7 de julho de 2015

Trabalhar a Inteligênia Emocional da Criança sem se dar por isso...

 

Podem também falar com as crianças sobre o que é que elas gostaram mais, o que é que correu melhor, em que momento se sentiram úteis, tristes, felizes, entusiasmadas, etc. Aproveitem também a leitura dos livros e leiam de forma criativa, ou seja, vão fazendo perguntas  sobre sentimentos para ajudarem ao nível da literacia emocional. Aproveitem as viagens de carro para repescarem uma história que eles gostem e continuem a explorar.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

«Pais à Obra» Atividades para as férias grandes!


Começaram as férias! Para além da praia, piscina, baloiços, filmes, etc., são necessárias  muitas ideias de atividades para manter as crianças ocupadas. Hoje deixamos algumas ideias que podem desenvolver com as crianças, em casa, e sem gastar muito dinheiro.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Explicar a morte às crianças

               
Não é uma tarefa fácil falar da morte aos mais novos, sobretudo a de alguém próximo, como a mãe ou o pai. Mas isso não é motivo para os excluir do desgosto, do choro e das explicações. Porque as crianças também precisam de fazer o luto, tal como os adultos.

O direito à tristeza, não enunciado diretamente nos Direitos Humanos, é o que mais se lembra num processo de luto. No trabalho de luto importa ensinar a contactar com a dor e a reorganizá-la. O sofrimento e a dor não se resumem à nossa capacidade para compreender totalmente, mas sim à nossa capacidade para sentir.

Se assim é, quantos mitos orientam a nossa ação, perante uma situação de perda?

Mito 1 – Eles nem se apercebem bem do que está a acontecer…
Seria tentador acreditar que podemos proteger os mais novos do sofrimento, acreditar que não percebem que alguém está mais triste ou que alguém está doente. Em qualquer idade existe a noção do desaparecimento de alguém querido, mas esta noção varia ao longo das diferentes etapas do desenvolvimento. Até aos 2 anos, a criança não tem capacidade cognitiva para entender o conceito de morte ou separação. Porém, pode procurar repetidamente a pessoa que morreu e apresentar medos e alterações comportamentais (no sono, na alimentação, etc.). Dos 2 aos 5 anos, existe um medo mais consciente de ser abandonada ou separada das figuras de vinculação principais, o que pode manifestar-se através de comportamentos agressivos e alterações emocionais (como isolamento, agressividade, etc.). Nesta etapa, a morte é vista como reversível. Só a partir dos 5 ou 6 anos é que a criança começa a compreender o significado da morte, embora não da mesma forma que o adulto. Vê-a como algo irreversível, permanente, mas não como universal a todos os seres humanos (aos pais, aos irmãos, ou a elas mesmas). Não há que esconder, fingir ou evitar.

Mito 2 – Velórios e enterros devem ser vedados às crianças
De modo algum! Se as crianças desejam participar em velórios e enterros, devem participar. Após serem informadas da morte, deverão ser questionadas se querem ou não assistir aos rituais de despedida, mas não sem antes lhes ser explicado o que vão presenciar. Se durante o ritual elas quiserem ausentar-se, isso deve ser-lhes permitido. As despedidas são muito importantes num processo de luto e, independentemente da idade, cada um de nós deve encontrar a sua forma de as fazer.

Mito 3 – Não fiques triste
Porque é que é importante sentirmo-nos bem em momentos felizes e não podemos sentir mágoa e tristeza nos momentos de perda? A criança apresenta uma emoção a quem acredita e confia, a quem pode ser o guardião do que sente e a emoção não poderá ser imediatamente desvalorizada “não fiques triste” e anestesiada com outros pensamentos (“vamos pensar no que vamos fazer no parque”). É uma frase doce, mas perigosa porque sem a tristeza a alegria também não existe.

Mito 4 – Sofre sozinho e não faças barulho
É comum, mas não “natural”, sofrer o luto de forma isolada ainda que esta seja uma tendência da maioria. Procurar aconchego será um gesto mais natural, na necessidade afetiva (como a criança que grita e chora procurando o adulto) e menos pensado. Os momentos a sós não são negativos, podem ser reparadores e organizadores, mas a forma como sofremos – em família, como adultos e como conjunto – modela o que é suposto fazer-se com o que se sente.
A melhor forma de ajudar uma criança durante o processo de luto é saber falar com ela sobre a perda e o ocorrido. É estar atentos às suas reações, às mudanças no seu comportamento, atendendo aos aspetos específicos da sua personalidade, e dar oportunidade de, caso queira, participar nos rituais de despedida e decisões a tomar no futuro próximo. É perceber que, independentemente das reações imediatas, é importante criar espaços para falar e exprimir emoções, passe o tempo que passar.

Mito 4 – Tens de ser forte
“Força, coragem…”. O adulto pensa que tem de ser forte pelo filho (por ex.: que pode ter perdido um progenitor) e o filho pensa que tem de ser forte pela mãe, porque também a vê ser forte. Talvez a verdadeira “força” esteja na demonstração das emoções, vivendo-as, esteja em saber fazer e comunicar o que é emocionalmente adequado ao momento. Esta traz os resultados “fortes” do adulto que ensina a criança a expressar-se. Tudo o que se quer é não ser forte, quando forte significa fazer de conta. E fazer de conta significa fechar a sete chaves o que se sente, bloqueando a tristeza ou a raiva em dores de cabeça, em birras ou em explicações racionais.

 Mito 5 – “O papá foi dormir e nunca mais vai acordar”, “Deus quis levar a mamã para junto d’Ele”; “O teu irmão foi-se embora e não vai voltar”
Estas expressões não têm nada de positivo. Dizer “o papá foi dormir e nunca mais vai acordar” gera uma relação morte-sono que poderá ser assustadora e trazer medos da noite, do escuro, de dormir, etc. Por sua vez, a frase “foi fazer uma viagem longa” (quem viaja regressa) pode gerar inseguranças em relação a viagens, deslocações e ausências. Dizer que “Deus levou a mãe para junto de si” também pode gerar confusões na criança e até mesmo revolta contra Deus. Afinal se Deus é bom porque faria isso? Dizer que um irmão ou familiar foi embora e não vai voltar também pode causar fortes sentimentos de abandono. Dizer que a “mãe é uma estrela que está no céu” e que vem visitá-la todas as noites faz com que, muitas vezes, principalmente no inverno, quando deixa de se ver estrelas, a criança se sinta abandonada e esquecida porque a estrela/mãe não a veio visitar. É importante não esquecer que, em determinadas idades, as crianças fazem uma interpretação literal da linguagem.  
 
Mito 6 – O tempo cura tudo…
Dividimo-nos entre a ideia de uma reconciliação imediata, porque a sociedade tem pressa, e a ideia de que tudo acontecerá a seu tempo. Se combinarmos a ideia de “que temos de nos manter ocupados” com a ideia de que o tempo cura tudo, fica a ideia de que quanto mais nos ocuparmos, mais tempo vai passando (mais rápido) e por isso, a dada altura, estaremos “melhor”, “já passou tanto tempo!”… mas o tempo dos rituais fúnebres, do regresso à rotina e aos deveres a cumprir não é o tempo da despedida nem da pacificação.

Mito 7 – Aproveitar todas as oportunidades para falar da morte: quando passamos ao lado de um cemitério ou quando um animal de estimação morre…
Devemos sim estar atentos ao que a criança verbaliza e como se comporta perante estas situações. Ela própria encontrará formas de nos mostrar se é ou não relevante falar sobre o assunto no momento. Estes estímulos e outros no dia a dia, como livros infantis, filmes, conversas com amiguinhos, que abordam o tema, são também óptimas oportunidades para criar condições para que, num ambiente tranquilo e confortável, adultos e crianças possam falar sobre a morte.

Parece que os mitos são formas de evitar este assunto. Constroem defesas e muralhas, necessárias para tolerar a imensidão do sofrimento. Mas há que abrir portas, para “não ter de se viver assim… e pronto, aceitar”.
A forma que cada família encontra, para se ajustar à dor, será sempre a sua melhor forma. A perda traz dor, é real e universal. O medo (que podemos ter) não chega para a evitar.