sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Os bebés podem dormir na cama dos pais?

Os bebés podem dormir na cama dos pais? Como fazer quando eles têm os sonos trocados? Por que é que os bebés não querem dormir? O psicólogo Eduardo Sá dá a resposta a estas e outras perguntas no seu novo livro “Dorme, bebé”.
Afinal, o bebé pode dormir com os pais. Mas só até aos quatro meses. Quem o diz é Eduardo Sá no seu livro “Dorme, bebé”, lançado recentemente. O psicólogo escreve que, entre os dois e os quatro meses, o bebé “atravessa um período difícil, em que as defesas imunitárias que acumulou com a gravidez atingem um ponto mais baixo”. E, por isso, faz-lhe bem dormir colado à mãe.
Em entrevista à Pais&filhos, Eduardo Sá explica que “quanto mais cuidarmos dos primeiros quatro meses de vida do bebé, mais saudável será o seu desenvolvimento posterior. E mais inteligente, mais acutilante e mais afoito ele se torna”. Parte desse cuidar - grande parte -  está no contacto com a mãe, especialmente na hora de dormir, “altura em que o bebé está mais desamparado”.
O psicólogo lembra que a maternidade é uma relação que tem “muito de animal”. Assim, diz o autor, “quanto mais corpo de mãe o bebé tiver, mais seguro se torna, mais tonicidade e mais ritmo ele conquista, e mais mobiliza alguns centros nervosos que são particularmente amigos do sistema imunitário”.
Quando se fala em co-sleeping, especula-se muito sobre a questão da autonomia e da independência, mas Eduardo Sá garante que o bebé se “alimenta” desta cumplicidade com a mãe para “se tornar mais autónomo”. E explica: “Se, depois dessa tão grande cumplicidade, propiciarmos uma transição da cama da mãe para o berço do bebé, no quarto da mãe e -  entre os oito e os 12 meses -  levarmos o bebé do quarto dos pais para o seu, acompanhado da sua caminha, a autonomia não é um obstáculo, antes uma mais valia”.
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Sonos trocados
É muito fácil trocar os sonos a um bebé. E este é outro dos problemas dos pais em relação ao sono do bebé. Eduardo Sá recomenda que se introduza algum “músculo” nas rotinas para adormecer. Acordar cedo, fazer a sesta na primeira metade da tarde, e, antes de adormecer, brincar, dar banho e, depois, o leite.
 Se as rotinas são o que faz o bebé adormecer melhor, basta baralhar um bocadinho a ordem dos dias para também a hora de dormir se baralhar. “O sono é um ritmo relativamente sensível a diversas variáveis: ao perfil pessoal do bebé diante das rotinas, ao quotidiano do bebé (a hora de ele acordar, a hora da sesta, a “hora social”, antes ou depois do jantar) e, claro, a quem o adormece”, escreve Eduardo Sá. Qualquer mudança, por pequena que seja, vai deixar o bebé alerta.
Para que o sono volte à normalidade, Eduardo Sá recomenda aos pais que perguntem a si próprios: “Desde quando é que ele anda de candeias às avessas com o sono? O que sinto que ele me está a dizer com esta insónia toda?” Porque o bebé sabe muito bem o que se passa com os pais e se os vê preocupados insiste em querer animá-los. A insónia é uma forma de dizer, por exemplo: “De que é que têm medo? Eu estou aqui!!!” 

Desabafar com o bebé
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O sono das crianças é uma preocupação milenar. Prova disso, revela Eduardo Sá, são as várias personagens que foram sendo criadas ao longo dos séculos ligadas ao sono das crianças: Anjo da Guarda, João Pestana, Papão. Ou seja, a hora de as crianças irem para a cama não é um problema de agora e Eduardo Sá receia, até, que os pais da atualidade “estejam a transformar uma dificuldade milenar numa espécie de epidemia atípica”.
O truque para levar o assunto “sono” com mais naturalidade e leveza é, diz o psicólogo, arriscar mais como pais e não ter medo de errar. Porque quanto mais inseguros estão os pais, mais os bebés ficam também inseguros e menos vontade têm de dormir. E é por isso que naquele dia em que estamos tão desesperados para que o bebé adormeça rapidamente, porque queremos descansar ou porque temos ainda mil coisas para fazer, ele teima em manter-se acordado. É uma forma de dizer à mãe (ou ao pai): “Hoje tu não estás tão calma como é costume, por isso, à cautela, eu fico… de olho em ti”. E é pela mesma razão que mais vale desabafar com o bebé, dizer-lhe o que vai na alma, falar com ele sobre o que a preocupa. “O bebé é um excelente ouvinte!”, sublinha Eduardo Sá. Sabendo o que se passa com a mãe, percebendo que os “seus fantasmas foram domados”, já pode dormir descansado.
Pais e Filhos

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

atchim | O lado divertido da gripe



Sabias que...

Não é por acaso que ficamos com gripe no inverno. O vírus Influenza - o "mau" da fita - chega no tempo do frio. 

Com o frio, as pessoas vão mais para locais fechados. E como o vírus da gripe é transmitido pelo ar (... via aérea), um maior número de pessoas juntas e menos arejamento no local maior é o risco de apanhar gripe. Já reparei que entendeste: tempo frio + lugar fechado = gripe, pela certa!

Sabes que o melhor para evitar esta doença é ficar sempre em lugares bem ventilados. E também lavar as mãos várias vezes. Atrapalhamos os vírus, percebes?

Não te esqueças de respirar sempre pelo nariz. É que quem respira pela boca leva o ar mais frio e não filtrado para os pulmões, podendo ficar com gripe.

Prevenção

Um dia o Corpo estava zangado, muito zangado mesmo, pela forma como o "dono" o tratava. Tinha acabado de fazer 8 anos!

- As pessoas só dão valor `saúde quando ficam doentes. Que coisa! O Corpo não é uma consola de jogos: não se pode trocar quando começa a ter defeitos ou fica desactualizado.

E como criança precisa de mais cuidados para ter energia e condição física. Não quero saber: quero mudar de dono agora mesmo. Não aguento mais!

Mas, como  sabes, o Corpo não pode mudar de dono... e continuou a resmungar contra os maus-tratos. Só se calou quando o "dono" passou a ter mais atenção e a tomar cautelas para não adoecer. Sabes como? 

Pois é. Tens de aprender.


Se estiveres com gripe não te esqueças de:

1. Cobrir a boca e o nariz quando tosses ou espirras
    Evita tossir para as mãos.

2. Lavar as mãos com água e sabão por 10 segundos depois de:
    Tossir ou espirrar
    Usar o WC
    Manusear lixo ou dejectos de animais

3. Manter limpas as áreas onde passas mais tempo
    Pede para te limparem as áreas com detergentes domésticos. Se necessário, desinfectem com lixívia,            mas com CUIDADO

4. Manter " As distâncias"
    Evita multidões
    Faz trabalhos e brinca em casa, sempre que possível


Aqui podes encontra jogos divertidos sobre a gripe. Escolhe um dos títulos e diverte-te!






sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ler influencia atividade cerebral

Ler um bom livro não só é uma atividade agradável como tem impacto na biologia do cérebro durante vários dias, defende uma equipa de investigadores da Universidade de Emory, nos EUA. Os resultados da investigação dão conta de alterações ao nível das ligações do cérebro durante os períodos de repouso que, depois de ler um romance, teimam em persistir, explica o “Boas Notícias”.
“Há histórias que moldam as nossas vidas. Nalguns casos, elas ajudam as pessoas a definir a sua identidade”, afirma o neurocientista Gregory Berns, líder da investigação que teve por base o uso de imagens obtidas por ressonância magnética e começou por identificar os diferentes esquemas de atividade do cérebro durante os períodos de leitura. Mais tarde, focou-se nos efeitos neurológicos consequentes da leitura de uma narrativa, tendo como amostra de estudo 21 estudantes universitários e o livro “Pompeia”, de Robert Harris, como exemplo experimental. Cada um dos participantes foi submetido a exames ao cérebro, antes e depois da leitura. Eram examinados pela manhã e incutidos de ler um excerto de várias páginas, todos os dias, à tarde. Depois de lida a obra completa, os estudantes foram submetidos a ressonâncias magnéticas durante mais cinco dias, para determinar, afinal, qual o verdadeiro impacto da história ao nível do seu cérebro.
Os resultados deram conta do fortalecimento da conectividade cerebral na zona do córtex temporal esquerdo, associada à recetividade e aprendizagem das línguas. Também no sulco central do cérebro, onde se encontra o motor sensorial primário, se verificou uma atividade cerebral mais intensa. Esta zona é responsável pela representatividade de sensações ao nível do corpo.
“Demos conta de mudanças neurológicas associadas às sensações físicas e aos sistemas de movimento, o que sugere que a leitura de um romance pode, efetivamente, transportar-nos para dentro do corpo do protagonista”, refere Berns.
Pais e Filhos