quinta-feira, 20 de agosto de 2015

5 Dicas para fazer crianças felizes


A Autora do Livro Crianças FelizesO guia para aperfeiçoar a autoridade dos pais e a auto-estima dos filhos – Magda Gomes Dias – apresenta 5 dicas para criar crianças felizes.

Há determinados comportamentos que ajudam os pais e descomplicam o seu papel. É mais fácil dizer do que fazer mas há muitas atitudes sobre as quais vale sempre a pena pensar.

1. Pais Felizes = Filhos Felizes
A primeira regra da Educação e da Parentalidade Positiva diz Pais Felizes = Filhos Felizes. Não é possível, ou pelo menos torna-se mais difícil driblar as birras, ter paciência para ajudar a fazer os TPCs ou levar algumas situações a brincar quando não estamos nós bem. Quando viajamos de avião é-nos dito que, em caso de despressurização do avião temos de colocar primeiro a nossa máscara de oxigénio para depois conseguirmos ajudar as crianças. Na parentalidade é a mesma coisa.

2. Vínculo
O vínculo é a qualidade da relação que temos com os nossos filhos e a qualidade da relação que eles têm connosco. E isto constrói-se todos os dias. Dito assim parece fácil mas não é. Quando se é pai e mãe é comum andarmos no limite da nossa energia. Este vínculo passa por aceitar a natureza dos filhos - que nem eles são perfeitos nem nós [aliás, estamos em constante melhoria contínua, todos!] e passa também por passarmos tempo com eles - tempo de qualidade. Fazer coisas. Ir regar as plantas, descascar cenouras, limpar o pó ou esvaziar o saco das compras. Os miúdos gostam de se sentirem tidos e achados e isso joga no sentimento de reconhecimento que sentem.

3. Criar experiências
A felicidade pode também ser medida pela qualidade das coisas que fazemos. Uma saída para ir conhecer uma zona do país onde os pais passavam férias, partilhando assim um pouco de nós e de quem já fomos, por exemplo. Programar as férias em conjunto ou preparar uma surpresa para o tio que vive fora. Quando a criança se sente útil, capaz, importante, sente-se viva, que a vida vale a pena [mesmo quando a experiência pode não calhar como se queria - faz parte] e então feliz.

4. Treinar, prevenir
Magda, como é que eu ensino ao meu filho que não se bate, não se morde, não se chama nomes, não se rouba, que se dá beijinhos aos avós?
Treinando, estando perto, prevenindo e antecipando os comportamentos. Um dos pontos da educação e parentalidade positiva é mesmo a parentalidade pró activa. Isto quer dizer que nos é pedido que consigamos antecipar e isso passa por estar atento. Se sabemos que no final do dia os miúdos se pegam, procurar criar experiências em que os dois possam dar o melhor [e não o pior] de cada um. Ou deixá-los repousar um pouco antes do jantar, quando são pequenos, por exemplo. Quando se chega a casa dos avós, mesmo à entrada, pedir para dar o beijinho e fazê-lo com entusiasmo, porque é uma coisa boa ser-se cumprimentado e cumprimentar. Não é apenas um dever social. E depois proibir chamar nomes, usando as estratégias que servirem melhor naquela situação e com aquela criança.

5. Dia do filho único
O maior rival dos nossos filhos será o irmão. Porquê? Porque competem pelo tempo dos pais e esse não é um recurso infinito, ao contrário do amor. E o dia do filho único é determinante fazê-lo porque:
- os nossos filhos têm natureza diferentes;
- estaremos dedicados 100% a eles
- faremos uma actividade só COM eles (não vale levá-los ao supermercado connosco nem deixá-los num parque temático)
- terão a noção do valor que têm e que são, de facto, únicos


Não precisas de fazer O dia - podes fazer meio dia. O importante é que o faças, com regularidade.