segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Aprender a estudar

Saber estudar é fundamental para o percurso académico de todas as crianças e deve ser ensinado desde cedo. Em casa, os pais podem desempenhar um papel importante. Aqui ficam alguns conselhos úteis para pôr em prática no início deste ano escolar.


  • Criar hábitos de estudo

Os alunos devem estudar com frequência e antecedência. Incite o seu filho a estudar com regularidade (o que permite ir acompanhando a matéria, não a deixando acumular) e de forma atempada, possibilitando reforços de aprendizagem e esclarecimento de dúvidas. Renato Paiva alerta: “Não obrigue o seu filho a estudar. Incentive-o a estudar. Demonstre-lhe que o estudo faz parte de ser estudante e que contribui para o seu sucesso”. No entanto, não é possível que os alunos estudem apenas quando lhes apetece, por isso a criação de uma rotina de estudo é fundamental. É comum ouvirem-se os alunos dizer: “Esta semana não preciso de estudar porque não tenho testes”. “Um tremendo engano!”, na opinião deste pedagogo. “É precisamente nessas alturas que o estudo se torna mais produtivo”.

 
  • Planear e diversificar
Evite que o seu filho estude apenas aquilo de que gosta. Deve estudar de forma equilibrada as diferentes disciplinas e não estudar de seguida temáticas semelhantes, como duas línguas ou Matemática logo após Físico-Química, ou História a seguir a Geografia. Diferentes disciplinas privilegiam diferentes estratégias, fazendo com que o estudo não seja tão monótono. O aluno deve iniciar o estudo pelas matérias nas quais sente uma dificuldade intermédia, seguidas das mais difíceis e terminar com as mais fáceis.
Saber estudar implica saber parar. Faça com que o seu filho dedique cerca de um terço do tempo para descansar. Cerca de 15 minutos por cada 45, é o ideal. Nesse descanso, deixe-o fazer o que lhe apetecer. Repartir o esforço por vários momentos traz melhores resultados.

  • Ler, explicar e praticar
Estudar é muito mais do que ler e memorizar! Numa primeira fase, o aluno de facto deve ler com atenção as fontes de informação, sublinhando o que lhe parece ser mais importante. Mas, de seguida, é muito importante que reproduza a matéria por palavras suas. Que faça resumos, apontamentos, esquemas, simule que é o professor e explique a matéria a alguém. “A melhor maneira de aprender é ensinar”, defende Renato Paiva. E ilustra o papel que os pais podem aqui assumir: “Verificarem se falta informação, fazerem algumas perguntas para perceberem se a criança consegue explicar, pedirem pormenores e exemplos, ou mesmo dizerem que não perceberam para que o filho seja mais explícito ou tente uma diferente explicação”. Numa terceira fase, o estudo implica a realização de muitos exercícios, para o aluno conseguir demonstrar o que sabe e para tomar contacto com diferentes tipos de perguntas que lhe podem ser colocadas. Em termos de alocação do esforço do aluno, é aconselhada a regra 20-40-40: 20% para apreensão de conhecimentos, 40% para a concretização por palavras suas do que aprendeu, 40% para a resolução de exercícios.

  • Local de estudo
Além de ser muito importante, o ambiente de estudo é um dos fatores que os pais mais podem influenciar. O local escolhido deve ser calmo, com boa luminosidade, temperatura agradável e boa ventilação, ter espaço suficiente para todo o material necessário e ser livre de ruídos perturbadores. A evitar locais de passagem, onde possa ser interrompido constantemente. Renato Paiva é perentório: “Música e televisão só causam distração! E evitem que os alunos estudem com o telemóvel ao pé. As solicitações permanentes, como os SMS, perturbam, causam paragens e desvios de atenção”. E até deixa algumas dicas de iluminação e ergonomia, como colocar um foco de luz do lado oposto à mão com que o aluno escreve, para que não provoque sombra sobre o que está a escrever. Este pequeno pormenor evita esforços suplementares que podem provocar cansaço e até dores de cabeça. Quanto à posição relativa entre a mesa e a cadeira, deve permitir que o aluno tenha o tronco direito, os pés apoiados no chão e que tenha um encosto para uma postura correta e confortável.

  • Promover autonomia
Desde cedo, as crianças devem ser incentivadas a estudar sozinhas. É normal que não sublinhem logo só o que interessa, que os resumos fiquem incompletos, mas é um processo de evolução contínua, em que os alunos só melhoram se praticarem e tiverem a possibilidade de experimentar. Os pais devem estar atentos e por perto. “A promoção da sua autonomia académica é também um reforço da sua autonomia pessoal”, resume o autor dos livros Ensina o teu filho a estudar e SOS Tenho de Passar de Ano. A criança deve ser ajudada quando tem dificuldades, após os pais perceberem que se esforçou por conseguir sozinha mas não foi capaz. Os pais podem ajudar, fornecendo-lhe estratégias para que consiga estudar sozinha o mais cedo possível. É importante ensiná-la a estudar e não estudar por ela. Renato Paiva deixa um último conselho: “Seja positivo e faça os seus filhos acreditarem que são capazes. Transmita-lhes segurança e valorize os seus sucessos”.


Renato Paiva

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Jornal "O Martinho" Edição III






Este boletim informativo pretende ser um registo das atividades relevantes realizadas ao longo de cada semestre, nas diferentes valências que constituem o Centro Social de S. Martinho de Soalhães. 
É elaborado pelo CAFAP, com a ajuda dos jovens que integram o Atelier de Jornalismo.

Um trabalho que pretende envolver utentes e a comunidade em geral. Espreitem…pois vale a pena!!!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Será Verdade...

O momento do parto é aguardado, com mais ou menos ansiedade, por todas as mulheres. E, para "ajudar", há sempre quem insista em afirmar como verdades irrefutáveis algumas ideias pré-concebidas. Eliminá-las é uma boa ajuda para encarar a chegada de um filho de forma mais tranquila.

Será verdade...

… que a experiência se repete de mães para filhas?
Não. Logo que anuncia a gravidez, a mulher é bombardeada com relatos, mais ou menos impressionantes, dos partos de familiares e amigas. E o maior destaque vai, habitualmente, para as recordações menos positivas. Mas não há um nascimento igual ao outro (mesmo no caso de mais do que um filho) e também não existem fatores hereditários que determinem como as coisas vão correr. Ou seja, se a sua mãe teve uma fase de dilatação especialmente longa, ou se acabou por ser submetida a uma cesariana, não há qualquer razão para que tal ocorra necessariamente consigo. O contrário também é verdadeiro: não é certo que o seu parto seja curto apenas porque na família essa é uma situação recorrente. O importante é estar preparada para todas as eventualidades e desfrutar do momento.

… que a dor de parto é insuportável?
Não. O processo de parto envolve sensações dolorosas, que vão das contrações ao momento da expulsão. No entanto, a dor pode ser vivida de forma diferente de mulher para mulher e está relacionada com muitos fatores, entre os quais os níveis de tolerância, a forma como é, ou não, aceite e as condições em que o nascimento tem lugar: quanto mais serenidade, privacidade e apoio existirem, menos a grávida experimenta a tensão que multiplica as experiências desagradáveis. Quando a dor é entendida, pura e simplesmente, como um sofrimento desnecessário e motivo de medo é natural que pareça mais difícil de aguentar. No entanto, se for encarada como natural e mesmo uma aliada – pois são as contrações dolorosas que ajudam o bebé a atravessar o canal de parto e a sair – surge como uma experiência que, no final, traz o melhor resultado possível.

… que um parto demorado significa que nem tudo está bem?
Não. O processo de parto pode arrancar sem que a mulher se dê conta e, habitualmente, é o que acontece nas semanas que antecedem o momento das primeiras contrações dolorosas. Na fase de pré-parto, ou latente, o colo do útero vai ficando cada vez mais fino e pode começar a dilatar, em especial nos casos de primeiro filho. A saída do rolhão mucoso – que cobre o colo – ou o rebentar das águas são entendidos como o início da fase de parto ativo mas, mais uma vez, podem decorrer horas e mesmo dias até que a dilatação atinja os quatro centímetros. E é aí que o processo tende a acelerar. De qualquer forma, entre os quatro e os dez centímetros (altura em que a abertura já deixa passar a cabeça do bebé) podem decorrer de oito a 12 horas e a expulsão demorar até quatro horas, sem que haja qualquer problema. A vigilância apertada que é feita ao bebé e à mãe permite aos profissionais de saúde perceberem quando a demora já não é normal e é preciso agir.

… que um bebé grande tem mais dificuldades para nascer?
Não. O tamanho e o peso do bebé não são, por si só, razões para que o nascimento seja mais difícil ou longo e não deveriam ser o único motivo para equacionar uma cesariana mesmo antes do parto ter início. No entanto, pode acontecer que as dimensões da pélvis da mãe ou a colocação da cabeça dificultem ou impeçam a saída do bebé, o que deverá ser avaliado pelo profissional de saúde à medida que o parto decorre. De qualquer forma, estas dificuldades são mais comuns no caso de um primeiro filho. Em suma, mesmo no caso de um bebé grande, não há razão para dificuldades de maior a partir do momento que a pélvis da mãe for adequada e a cabeça do bebé estiver na posição mais apropriada.

… que não se consegue fazer força com a epidural?
Por vezes. A analgesia epidural corta a sensibilidade nas zonas do abdómen e da pélvis, atenuando ou mesmo fazendo desaparecer a dor. A maior parte das mulheres continua, porém, a sentir o início de cada contração, em especial o endurecimento da barriga, e nesses momentos fazem força, destinada a levar o bebé na direção da saída. No entanto, para outras, o nível de anestesia e de relaxamento dos tecidos é tal que deixam de estar atentas às contrações, não conseguindo perceber quando é o momento de fazer força, o que pode fazer demorar o período de expulsão. Cabe ao médico ou à parteira ajudar, dizendo à mulher as alturas em que o ‘empurrão’ é fundamental.

… que se o primeiro parto foi cesariana, os seguintes também terão de ser?
Não. Durante muito tempo, o risco de rutura uterina após uma primeira cesariana levava a que muitos médicos optassem por esta cirurgia nos nascimentos seguintes. No entanto, vários estudos internacionais revelaram que este risco não chega a um por cento, mesmo no caso de mulheres com mais do que uma cesariana. Para estes números contribuem as técnicas atualmente usadas: a incisão transversal baixa – habitualmente tapada pela linha do biquíni – diminui a eventualidade de rutura, quando comparada com a antiga incisão vertical. De acordo com os mesmos trabalhos, um parto vaginal depois de cesariana também não aumenta consequências indesejáveis ao nível do aparelho urinário ou de lacerações da artéria uterina.

… a episiotomia é quase certa?
Não. A episiotomia é o corte cirúrgico dos tecidos do períneo, entre a vagina e o útero, destinado a alargar o canal de parto. Durante muito tempo, esta intervenção era quase sistemática em todos os partos mas, nos dias de hoje, é crescente o número de nascimentos em que não acontece. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda mesmo que os obstetras sejam altamente criteriosos na aplicação do procedimento e apenas optem pela episiotomia caso os tecidos afetados estejam na iminência de rasgar de forma descontrolada. Isto porque a recuperação de uma episiotomia implica a aplicação de pontos, cuja aplicação pode afetar a futura atuação dos músculos perineais. Massajar o períneo na reta final da gravidez aumenta a elasticidade dos tecidos e a sua distenção no momento em que o bebé sai o que, em muitos casos, evita que rasguem naturalmente ou que sejam cortados.

… que o primeiro parto é mais demorado que os seguintes?
Por vezes. Habitualmente, uma mulher que vai ser mãe pela primeira vez experimenta períodos de dilatação e de expulsão mais longos do que uma mãe experiente e isso é tido em linha de conta por quem a acompanha. E isto deve-se à pouca distenção que os músculos e tecidos possuem. No entanto, e como cada nascimento é irrepetível, pode dar-se o caso que as circunstâncias do segundo parto levem a um processo mais longo do que na primeira vez.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Feliz Dia de S. Valentim!

E porque hoje é o dia do Amor e dos Afectos, preparamos uma pequena surpresa para os nossos amores: os nossos traquinas! Depois do Apoio ao Estudo, eles vão ser surpreendidos. Será que vão gostar?! :) 

Desejamos um Feliz Dia de S. Valentim para todos vocês e não esqueçam que "o amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser."

Beijinhos e abraços do CAFAP!



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Consulta do Adolescente


 
Horário: 2ª feiras das 17:00h-18:00h
Nesta consulta podes esclarecer as tuas dúvidas sobre adolescência, sexualidade, métodos contracetivos , bullying, alimentação, etc…
Centro de Saúde do Marco de Canaveses

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Festa de Carnaval do CAFAP




Cumprindo a tradição, o CAFAP, em colaboração com o ATL e com o Centro de Dia, organizou o Baile de Carnaval para idosos e crianças, transformando a tarde de segunda-feira num verdadeiro espaço de animação.
O CAFAP convidou aproximadamente 47 pessoas, nomeadamente, crianças e progenitores.
À medida que os convidados iam chegando, a sala ganhou cor e animação. Trajados a rigor, idosos, crianças e técnicos não perderam a oportunidade de dar um pézinho de dança ao som de música alusivas.
No final todos os participantes foram brindados com um lanche convívio, oferecido pelo Centro Social.

Feliz Carnaval!




O CAFAP OFICINA D'AFECTOS DESEJA A TODOS VOCÊS 

MUITA FOLIA E ALEGRIA NOS DIAS DE CARNAVAL!



Formação Parental "Pais à Séria" (Escola EB1 de Eiró)




Terminou mais um ciclo de sessões de Formação Parental, no âmbito do programa “Pais à Séria”, na escola EB1 de Eiró .
A Formação Parental tem como desafio auxiliar os pais a compreenderem as suas próprias necessidades sociais, emocionais, psicológicas e físicas e as dos seus filhos, melhorando assim a qualidade das relações entre eles.
Assim, às quintas-feiras, das 13h30 às 15h00, nas instalações da escola EB1 de Eiró e por um período de 7 sessões, um grupo (constituído por 9 mulheres) teve a possibilidade de trocar experiências, melhorar e aprender a lidar com os comportamentos dos filhos.
A avaliação feita por este grupo é extremamente positiva, superando todas as expectativas, quer de quem esteve a dinamizar as sessões, quer das próprias mães que verbalizaram que “esta é uma formação muito diferente do habitual e todas as mães e pais deveriam ter a oportunidade de participar”.
No final, como já vem sendo habitual, oferecemos o lanche às nossas convidadas!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Mamã, como nascem os bebés?


Em tempos esta pergunta era respondida dizendo “quando fores grande percebes”, ou com recurso a couves e cegonhas. Mas os tempos mudaram...

Cada vez que uma criança pede explicações ou faz uma pergunta mais ou menos directa sobre qualquer assunto, incluindo sexualidade, quer dizer que a sua curiosidade foi estimulada por algo que viu ou ouviu e para o qual não consegue encontrar explicação através dos próprios instrumentos e competências.
Neste caso, decidir não responder, escolher ser evasivo ou mudar de assunto alimenta a curiosidade e a confusão da criança que, de acordo com a sua idade, as tentará colmatar com explicações frequentemente erradas ou fantasiosas, procuradas das mais diversas maneiras. Assim, o silêncio dos adultos é contraposto pelas mensagens sobre a sexualidade com que são continuamente bombardeados pela tv e publicidade.
Se o progenitor tenta “desviar” a resposta, alimenta no filho a ideia de que é melhor não tocar nesse assunto embaraçoso, talvez por ter algumas conotações negativas. É portanto importante não se deixar controlar pela ansiedade de dever dar imediatamente todas as explicações necessárias. Acima de tudo é necessário respeitar os ritmos do filho, sobretudo se ainda pequeno, e o melhor modo de o fazer é fornecer algumas explicações de maneira a satisfazer as curiosidades que surgem de tempos a tempos. Deste modo, respeitando os tempos e ritmos de maturação cognitiva e emotiva da criança, evitarão o risco de lhe dar informações e detalhes para os quais ainda não está preparado.