Ser mãe ou pai é uma
dádiva...
da
vida para com o adulto;
do
adulto para consigo próprio;
do adulto para com outro(s) adulto(s);
do adulto para com a criança que nasce e que
vai crescer;
do
adulto para com outras crianças;
do
adulto para com a sociedade.
A dádiva implica
saber dar e saber receber...
Tarefas
que têm tanto de gostoso como de difícil!
Em
ambos os casos temos que descentrar-nos de nós próprios,
seja
para saber o que pode agradar ou ser útil ao Outro, seja para
aceitar
e usufruir daquilo que ele nos dá.
Ser mãe ou pai é uma
descoberta permanente...
Porque
a parentalidade não é instintiva;
Porque
nunca se é mãe ou pai da mesma forma com os
diferentes
filhos nem com o mesmo filho durante todo o seu
processo
de crescimento;
Porque
os interesses, as necessidades, os projetos de uma mãe e
de
um pai vão se transformando consoante as experiências, os
desafios
e as interações que cada um e os dois vão tendo.
Ser mãe ou pai é um
projeto...
Que
nunca se constrói sem Outros, adulto(s) e criança(s);
Que
pode ser mais fácil ou mais difícil mas que levanta muitas
questões que pode ser útil partilhar;
Que
pode ser mais ou menos refletido mas de que é útil guardar
memória,
seja para relembrar boas etapas, seja para evitar más
experiências.
A
experiência de ser pai ou mãe é única a cada indivíduo, às circunstâncias que
enquadram a preparação e a emergência da parentalidade e a cada criança.
Madalena Alarcão
Coimbra, 17 de agosto de 2014
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