Os bebés podem dormir na cama dos pais? Como fazer quando eles têm os sonos trocados? Por que é que os bebés não querem dormir? O psicólogo Eduardo Sá dá a resposta a estas e outras perguntas no seu novo livro “Dorme, bebé”.
Afinal, o bebé pode dormir com os pais. Mas só até aos quatro meses. Quem o diz é Eduardo Sá no seu livro “Dorme, bebé”, lançado recentemente. O psicólogo escreve que, entre os dois e os quatro meses, o bebé “atravessa um período difícil, em que as defesas imunitárias que acumulou com a gravidez atingem um ponto mais baixo”. E, por isso, faz-lhe bem dormir colado à mãe.
Em entrevista à Pais&filhos, Eduardo Sá explica que “quanto mais cuidarmos dos primeiros quatro meses de vida do bebé, mais saudável será o seu desenvolvimento posterior. E mais inteligente, mais acutilante e mais afoito ele se torna”. Parte desse cuidar - grande parte - está no contacto com a mãe, especialmente na hora de dormir, “altura em que o bebé está mais desamparado”.
O psicólogo lembra que a maternidade é uma relação que tem “muito de animal”. Assim, diz o autor, “quanto mais corpo de mãe o bebé tiver, mais seguro se torna, mais tonicidade e mais ritmo ele conquista, e mais mobiliza alguns centros nervosos que são particularmente amigos do sistema imunitário”.
Quando se fala em co-sleeping, especula-se muito sobre a questão da autonomia e da independência, mas Eduardo Sá garante que o bebé se “alimenta” desta cumplicidade com a mãe para “se tornar mais autónomo”. E explica: “Se, depois dessa tão grande cumplicidade, propiciarmos uma transição da cama da mãe para o berço do bebé, no quarto da mãe e - entre os oito e os 12 meses - levarmos o bebé do quarto dos pais para o seu, acompanhado da sua caminha, a autonomia não é um obstáculo, antes uma mais valia”.
Em entrevista à Pais&filhos, Eduardo Sá explica que “quanto mais cuidarmos dos primeiros quatro meses de vida do bebé, mais saudável será o seu desenvolvimento posterior. E mais inteligente, mais acutilante e mais afoito ele se torna”. Parte desse cuidar - grande parte - está no contacto com a mãe, especialmente na hora de dormir, “altura em que o bebé está mais desamparado”.
O psicólogo lembra que a maternidade é uma relação que tem “muito de animal”. Assim, diz o autor, “quanto mais corpo de mãe o bebé tiver, mais seguro se torna, mais tonicidade e mais ritmo ele conquista, e mais mobiliza alguns centros nervosos que são particularmente amigos do sistema imunitário”.
Quando se fala em co-sleeping, especula-se muito sobre a questão da autonomia e da independência, mas Eduardo Sá garante que o bebé se “alimenta” desta cumplicidade com a mãe para “se tornar mais autónomo”. E explica: “Se, depois dessa tão grande cumplicidade, propiciarmos uma transição da cama da mãe para o berço do bebé, no quarto da mãe e - entre os oito e os 12 meses - levarmos o bebé do quarto dos pais para o seu, acompanhado da sua caminha, a autonomia não é um obstáculo, antes uma mais valia”.
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Sonos trocados
É muito fácil trocar os sonos a um bebé. E este é outro dos problemas dos pais em relação ao sono do bebé. Eduardo Sá recomenda que se introduza algum “músculo” nas rotinas para adormecer. Acordar cedo, fazer a sesta na primeira metade da tarde, e, antes de adormecer, brincar, dar banho e, depois, o leite.
Se as rotinas são o que faz o bebé adormecer melhor, basta baralhar um bocadinho a ordem dos dias para também a hora de dormir se baralhar. “O sono é um ritmo relativamente sensível a diversas variáveis: ao perfil pessoal do bebé diante das rotinas, ao quotidiano do bebé (a hora de ele acordar, a hora da sesta, a “hora social”, antes ou depois do jantar) e, claro, a quem o adormece”, escreve Eduardo Sá. Qualquer mudança, por pequena que seja, vai deixar o bebé alerta.
Para que o sono volte à normalidade, Eduardo Sá recomenda aos pais que perguntem a si próprios: “Desde quando é que ele anda de candeias às avessas com o sono? O que sinto que ele me está a dizer com esta insónia toda?” Porque o bebé sabe muito bem o que se passa com os pais e se os vê preocupados insiste em querer animá-los. A insónia é uma forma de dizer, por exemplo: “De que é que têm medo? Eu estou aqui!!!”
Desabafar com o bebé
![alt](http://www.paisefilhos.pt/images/stories/Manchete5/capa2.jpg)
O sono das crianças é uma preocupação milenar. Prova disso, revela Eduardo Sá, são as várias personagens que foram sendo criadas ao longo dos séculos ligadas ao sono das crianças: Anjo da Guarda, João Pestana, Papão. Ou seja, a hora de as crianças irem para a cama não é um problema de agora e Eduardo Sá receia, até, que os pais da atualidade “estejam a transformar uma dificuldade milenar numa espécie de epidemia atípica”.
O truque para levar o assunto “sono” com mais naturalidade e leveza é, diz o psicólogo, arriscar mais como pais e não ter medo de errar. Porque quanto mais inseguros estão os pais, mais os bebés ficam também inseguros e menos vontade têm de dormir. E é por isso que naquele dia em que estamos tão desesperados para que o bebé adormeça rapidamente, porque queremos descansar ou porque temos ainda mil coisas para fazer, ele teima em manter-se acordado. É uma forma de dizer à mãe (ou ao pai): “Hoje tu não estás tão calma como é costume, por isso, à cautela, eu fico… de olho em ti”. E é pela mesma razão que mais vale desabafar com o bebé, dizer-lhe o que vai na alma, falar com ele sobre o que a preocupa. “O bebé é um excelente ouvinte!”, sublinha Eduardo Sá. Sabendo o que se passa com a mãe, percebendo que os “seus fantasmas foram domados”, já pode dormir descansado.
Pais e Filhos
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