O nascimento de um irmão ou
a vinda de um bebé e a perda do posto de filho único é um acontecimento difícil
para algumas crianças, as quais sentem aquilo a que chamamos – Ciúmes.
Frequentemente falamos de
filhos únicos, que são também netos únicos e sobrinhos únicos. Desde que a vida
começou para eles que sempre foi assim, o mais pequeno, o único, sem ter de
dividir atenções porque à volta só estão adultos. A vida pode ser dura…
O ciúme surge e é normal,
especialmente associado ao nascimento do irmão mais novo ou da irmã. Surge como
mais problemático e difícil de gerir, geralmente entre os 3 e os 6 anos.
Geralmente é associado a pensamentos difíceis de compreender pela própria
criança, de expressar ou controlar: “Os
meus pais já não vão ter mais tempo para mim”; “Ele é bebé e por isso é mais engraçado”; “Os meus pais vão gostar mais dele do que de mim”; “vou dar-me menos mimos porque têm de dar ao meu
irmão…”. Enfim, angústias de antecipação do que será a vida de filho
partilhada com um irmão, que fazem parte do desenvolvimento e desta mudança de
vida e que, por vezes, levam a consequências diversas: comportamentos negativos
para chamar a atenção e comportamentos regressivos, típicos de idades mais
precoces (os chichis na cama, voltar a pedir chucha, quere andar ao colo,
dormir com os pais…etc.).
O ciúme cumpre uma função, é
normal, não podemos eliminá-lo, mas é possível ajudar os mais novos a conseguirem
controlá-lo, a compreenderem-no, a fazer com que se manifeste em menos
ocasiões e a conseguir enfrentá-lo quando se sentem “atacados” por ele.
Os pais podem ajudar o filho
mais velho a lidar com o ciúme do irmão mais novo mesmo que ainda esteja dentro
da barriga da mãe ou ainda não viva com a família (no caso de um adoção). É essencial
uma boa dose de compreensão e paciência, dando tempo para que se consiga
habituar à nova realidade.
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