Há crianças com medo
dos monstros que se escondem no escuro das sombras dos quartos. A ideia é de
uns pais que estavam preocupados com os medos dos filhos. Uma forma simples e
barata que os ajudou e que pode ajudar muitos outros pais.
Um passo-a-passo muito simples, e não custa mais de
1,50€. Copiem o rótulo acima apresentado, "Afasta Monstros", imprimam
numa folha autocolante A4, e colem num frasco borrifador pequeno. Podem encher
com água ou com um perfume suave, que não seja conhecido da criança para não
levantar suspeitas.
À noite, com os vossos filhos façam o teste, deixem que eles
borrifem o quarto com o spray mágico, para que a magia aconteça e os
monstros não apareçam. Com estes pais resultou, experimentem também.
No entanto, temos de compreender que
o medo faz parte do processo de desenvolvimento – os medos são esperados e têm
um efeito normativo e estruturante. Medos relacionados com a morte e o perigo
são os mais frequentes ao longo do processo de desenvolvimento e continuam até
à vida adulta, como facilmente percebemos. Os medos têm tendência a diminuir à
medida que as crianças crescem, ainda que para alguns autores o período da
adolescência seja ainda muito significativo nesta questão, porque aparentemente
eles diminuem mas, eventualmente as crianças vão crescendo e são capazes de
esconder as suas emoções.
Para os pais este é um período de preocupação, pois sentem que não
reúnem as estratégias necessárias para ajudar os filhos a lidarem com os medos.
Eventualmente, alguns pais até se recordam que quando eram miúdos também
passaram por situações semelhantes mas, na altura não tiveram por parte dos
pais respostas adequadas e que os ajudasse a ultrapassar esta fase. Por isso,
ficam algumas dicas para que melhor apoie o seu filho:
- Ajude o seu filho a enfrentar os medos, esteja com ele, não o
deixe sozinho neste combate ao medo;
- Transmita-lhe confiança, carinho e segurança e reforce-lhe a
ideia de que estará sempre por perto quando ele precisar;
- Escute os seus receios, a sua opinião e as suas emoções e depois
tranquilize-o, dizendo-lhe que está com ele e que o vai ajudar;
- Juntamente com ele faça aproximações ao medo (pequenas
aproximações do que gera medo) e elogie todos os passos que conseguir realizar;
- Não faça juízos de valor nem comparações com os irmãos, primos
ou amigos sobre este assunto, respeite a intimidade do seu filho, este é um
assunto que só diz respeito aos pais e à criança.
Contudo, esta “técnica” para algumas crianças, pode de facto ser uma grande ajuda e transmitir a tão desejada segurança para enfrentar as criaturas imaginárias, mas para outras pode não se revelar tão eficiente, pois, pode significar que existe a possibilidade real de estar frente-a-frente com os monstros e esta ideia é ainda mais assustadora. Por outro lado, a inspeção ao guarda-fatos ou debaixo da cama pode levar a criança a pensar que se os adultos estão à procura é porque os monstros existem mesmo. Ou seja, cada caso é um caso e o melhor é escolher a estratégia de ataque com bom senso, porque o que resulta para uma criança pode agravar ainda mais a ansiedade de outra.
Se considerar que já fizeram muitas tentativas e mesmo assim o
medo persiste pode procurar apoio de um especialista, por exemplo o pediatra ou
um psicólogo.
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